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domingo, 7 de junho de 2009

Cedro - Rosa (Cedrela fissilis)











Cedro - Rosa (Cedrela fissilis)

Nome popular: Cedro-rosa ,Cedro, e Cedrinho

Nome Cientifico: Cedrela fissilis

Gênero: Fissilis
Família: Meliaceae

Reino: Plantae

Outras espécies:

Cedrela balansae, Cedrela barbata, Cedrela brasiliensis, Cedrela huberj, Cedrela tubiflora.

Informações:

O cedro é uma planta hermafrodita, porém a fecundação é cruzada e o mecanismo que favorece a alogamia é o amadurecimento das flores femininas e masculinas em períodos distintos. A polinização é feita possivelmente por mariposas e abelhas. Os frutos, bem como as sementes, são dispersos, sobretudo, pela ação da gravidade e do vento, respectivamente. O cedro é adaptado aos tipos climáticos, temperado úmido, subtropical úmido, subtropical de altitude e tropical. Cedrela fissilis é uma espécie florestal heliófila na fase adulta, medianamente tolerante a tolerante às baixas temperaturas, sendo que árvores C°adultas em florestas naturais toleram até – 10,4ºC.

Ocorrência:

AL, BA, CE, ES, MA, MG, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE e SP.

Floração:

De agosto a setembro ocorre floração em Goiás; de agosto a dezembro, em Minas Gerais; de setembro a novembro, no Rio Grande do Sul; de setembro a dezembro, em Santa Catarina; de setembro a janeiro, em São Paulo e no Paraná; de outubro a fevereiro, na Bahia; em janeiro, no Pará e de janeiro a março, no Espírito Santo.

Frutificação:

A frutificação ocorre de abril a agosto, no Rio Grande do Sul; de maio a julho, em Minas Gerais; de junho a julho, no Espírito Santo; de junho a setembro, em São Paulo; de julho a agosto no Paraná e Santa Catarina; de agosto a setembro, no Rio de janeiro e de novembro a fevereiro em Goiás.

Solo:

Normalmente, o cedro ocorre em solos profundos e úmidos, de textura argilosa a areno-argilosos, e bem drenados. Não se desenvolve adequadamente em solos mal drenados, rasos ou com lençol freático superficial.

Sucessão:

Pioneira
Secundaria tardia
Secundaria inicial

Folha:

Decídua

Ocorrência florestal:

Cerrado
Floresta Ombrófila Mista
Floresta Ombrófica Estacional Semidecidual
Mata ciliar
Mata Paludosa
Floresta Ombrófila Densa

Utilização Reflorestamento:
Áreas Degradadas
Preservação Permanente
Plantios Mistos

Extração:

Tronco – madeira, Compensados, Construção Aeronáutica, Construção civil, Construção Naval, Escultura, Instrumentos Musical, Lápis, Moldura, Moveis.
A madeira do cedro possui massa específica aparente entre 0,47 e 0,61g/cm³, a 15% de umidade; a densidade básica é de 0,44 g/cm³. Trata-se, portanto, de uma madeira leve a moderadamente densa.
O alburno apresenta coloração branca a rosada e o cerne varia entre bege-rosado a castanho-avermelhado. A superfície da madeira é lustrosa e com reflexos dourados, a textura é grosseira e a grã é direita ou pouco ondulada.
A resistência natural dessa madeira é moderada quanto ao ataque de organismos xilófagos, porém é resistente aos agentes exteriores, desde que não seja enterrada ou submersa. É de baixa permeabilidade aos tratamentos preservantes, em autoclave.

Altura:

20-35m

Tronco:

60-90 cm
Sementes:

Geralmente, colhem-se os frutos duas ou três semanas antes da deiscência natural, pois as sementes são aladas e dispersas pelo vento. O período ideal para colheita é verificado pela coloração do fruto, que passa de verde para marrom-clara, que indica a maturidade fisiológica da semente; esse período ocorre entre 30 e 32 semanas após a antese. Após a colheita, os frutos são levados para local seco e ventilado para completar a deiscência e a liberação das sementes é feita agitando-se os frutos. As sementes de cedro não apresentam dormência e podem ser armazenadas a frio, conservando-se o poder germinativo por dois anos. Cada quilograma contém cerca de 21.000 a 24.000 sementes.

Emergência:

A produção de mudas pode ser feita em sementeiras, para posterior repicagem, ou diretamente em recipientes (tubetes de 200 cm3 ou sacos de polietileno) contendo substrato rico em matéria orgânica, semeando-se duas sementes por recipiente.

Germinação:

O poder germinativo das sementes geralmente ultrapassa 80% e a germinação ocorre entre doze e dezoito dias após a semeadura.

Crescimento:

O cedro é uma espécie de crescimento relativamente rápido, podendo se comportar como espécie secundária inicial ou tardia e regenerando-se preferencialmente, em clareiras ou bordas de mata.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

BABAÇU (Orbignya speciosa)





BABAÇU (Orbignya speciosa)

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Arecales

Família: Arecaceae (palmae)

Género: Orbignya

Espécie: Orbygnia speciosa

Ocorrência

região amazônica, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia e Mato Grosso

Outros nomes

baguaçui, uauaçu, aguaçu, bauaçu, coco de macaco, coco de palmeira, coco naiá, coco pindoba, guaguaço
Características

espécie elegante que pode atingir até 20 m de altura. Estipe característico por apresentar restos das folhas velhas que já caíram em seu ápice, com 30 a 40 cm de diâmetro. Folhas em número de 15 a 20 contemporâneas, com até 8 m de comprimento, arqueadas, mantendo-se em posição retilínea, pouco voltando-se em direção ao solo. Orientando-se para o alto, o babaçu tem o céu como sentido, o que lhe dá uma aparência bastante altiva. Flores creme-amareladas, aglomeradas em longos cachos. Cada palmeira pode apresentar até 6 cachos, sustentados por pedúnculo de 70 a 90 cm de comprimento, surgindo de janeiro a abril. Frutos ovais alongados, de coloração castanha em cachos pêndulos. A polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de 3 a 4 sementes oleaginosas. Um Kg de frutos contém 10 unidades.

Habitat

floresta pluvial

Propagação

plantio direto dos frutos (côco-semente)

Utilidade

é uma das mais importantes representantes das palmeiras brasileiras. O principal produto extraído do babaçu, e que possui valor mercantil e industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas - de 3 a 5 em cada fruto - são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional e de subsistência. É praticamente o único sustento de grande parte da população interiorana sem terras das regiões onde ocorre o babaçu: apenas no Estado do Maranhão a extração de sua amêndoa envolve o trabalho de mais de 300 mil familias. Em especial, mulheres acompanhadas de suas crianças: as "quebradeiras", como são chamadas. Não obstante, as inúmeras tentativas de se inventar e implementar a utilização de máquinas para a realização da tarefa, a quebra do fruto tem sido feita, desde sempre, da mesma e laboriosa maneira. Sendo a casca do fruto do babaçu de excepcional dureza, o procedimento tradicional utilizado é o seguinte: sobre o fio de um machado preso pelas pernas da "quebradeira", fica equilibrado o coco do babaçu. Depois de ser batido, com muita força e por inúmeras vezes, com um pedaço de pau, finalmente, o coco parte-se ao meio, deixando aparecer suas preciosas amêndoas. O babaçu concentra altos teores de matérias graxas, ou seja, gorduras de aplicação alimentícia ou industrial. Assim, o principal destinatário das amêndoas do babaçu são as indústrias locais de esmagamento, produtoras de óleo cru. Constituindo cerca de 65% do peso da amêndoa, esse óleo é subproduto para a fabricação de sabão, glicerina e óleo comestível, mais tarde transformado em margarina, e de uma torta utilizada na produção de ração animal e de óleo comestível. Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de diversos utilitários como cestos de vários tamanhos e funções, abanos, peneiras, esteiras, cercas, janelas, portas, armadilhas, gaiolas, etc. e como matéria-prima fundamental na armação e cobertura de casas e abrigos. Durante a seca, essas mesmas folhas servem de alimento para a criação. O estipe do babaçu, quando apodrecido, serve de adubo. Se em boas condições, é usado em marcenaria rústica. Das palmeiras jovens, quando derrubadas, extrai-se o palmito e coleta-se uma seiva que, fermentada, produz um vinho bastante apreciado regionalmente. As amêndoas verdes - recém-extraídas, raladas e espremidas com um pouco de água em um pano fino fornecem um leite de propriedades nutritivas semelhantes às do leite humano, segundo pesquisas do Instituto de Recursos Naturais do Maranhão. Esse leite é muito usado na culinária local como tempero para carnes de caça e peixes, substituindo o leite de coco-da-bahia, e como mistura para empapar o cuscuz de milho, de arroz e de farinha de mandioca ou, até mesmo, bebido ao natural, substituindo o leite de vaca. A casca do coco, devidamente preparada, fornece um eficiente carvão, fonte exclusiva de combustível em várias regiões do nordeste do Brasil. A população, que sabe aproveitar das riquezas que possui, realiza freqüentemente o processo de produção do carvão de babaçu durante a noite: queimada lentamente em caieiras cobertas por folhas e terra, a casca do babaçu produz uma vasta fumaça aproveitada como repelente de insetos. Outros produtos de aplicação industrial podem ser derivados da casca do coco do babaçu, tais como etanol, metanol, coque, carvão reativado, gases combustíveis, ácido acético e alcatrão.

Florescimento

janeiro a abril

Frutificação

agosto a janeiro

sábado, 2 de maio de 2009

BOLEIRA (Joannesia princeps)









BOLEIRA (Joannesia princeps)
Nomes populares:

Cutieira, Boleira, Andá-assu.

Onde é encontrada:
Pará até São Paulo. Bahia. Espírito Santo e Minas Gerais, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica. Encontrada com certa regularidade nas matas da região, inclusive de grande porte, e também no paisagismo urbano, onde é muito comum.
Características:
Árvore de médio a grande porte, 15 a 30 metros de altura. Folhas compostas pinadas, 5 a 6 folíolos, até 20 cm. Floração branca, em cachos, muito pequena. Fruto com 10 cm de diâmetro, polpa externa relativamente macia e endocarpo resistente. É necessário quebrar o endocarpo e extrair as sementes para plantio. Contem duas a três sementes por fruto, 2 a 3 cm de diâmetro.
Utilidades:
As sementes são usadas como medicamento, pelo forte poder purgativo.Usadas em maior quantidade podem fazer mal, pelo mesmo motivo. Germinação e desenvolvimento muito rápido, e boa adaptabilidade, indicada para arborização e reflorestamento.
Época de floração e frutificação:

Floresce em Julho, frutos em Março. Madeira - Leve (densidade 0.52 g/cm³), porosa, de fibras bastante revessas porém de talhe macio, de cor clara às vezes com manchas amarelas.
Utilidade:
A madeira é especial para o fabrico de palitos de fósforo, para celulose, tabuado para forros, canoas e jangadas, escalares e caixotaria. As sementes encerram 37% ,de óleo pesado e amarelo, útil para fins medicinais e industriais (substitui o óleo de linhaça). A árvore é útil para sombreamento em pastagens, porém não para arborização de ruas em virtude do tamanho e peso dos frutos, além da facilidade com que o vento quebra seus galhos. Pelo papel que desempenha na alimentação da fauna através de seus frutos, não deve faltar na composição de florestas destinadas ao repovoamento de áreas degradadas de preservação permanente.









sexta-feira, 17 de abril de 2009

PEROBA (Aspidosperma polyneuron)

















PEROBA (Aspidosperma polyneuron)


Reino- Plantae
Espécie- Aspidosperma polyneuron
Gênero- Aspidosperma
Família- Apocynaceae

Ocorrência

Da Bahia até o Paraná
Outros nomes

Peroba rosa, peroba amargosa, peroba rajada, peroba açu, sobro, peroba comum, peroba do rio, peroba paulista, peroba mirim, peroba miúda.

Características
Árvore caducifólia de grande porte com 20 a 30 m de altura, pouco copada, muito esguia, com tronco de 60 a 90 cm de diâmetro, com casca rugosa acinzentada, com tecido protetor, de espessura variável e profundamente sulcada longitudinalmente. Ramos e folhas com látex branco. Folhas glabras, simples, alternas, obovadas a elíptico-oblongas, brilhantes na face superior, nervura central saliente e nervuras secundárias e terciárias proeminentes em ambas as faces, de 5 a 12 cm de comprimento e 2 a 4 cm de largura. Flores pequenas, brancas, hermafroditas e agrupadas em inflorescências terminais. Fruto folículo, castanho, oblongo a obovado, com lenticelas, seco, deiscente, geralmente achatados (às vezes atenuado na base), semilenhoso, com cerca de 4 a 6 cm de comprimento por 1 a 2 cm de largura, com uma crista mais ou menos proeminente, com duas a cinco sementes por fruto. Sementes elípticas, com 2 a 4 cm de comprimento por 8 a 10 mm de largura, provida de núcleo seminífero basal de asa membranácea e parda, dispersas naturalmente pelo vento. Um Kg de sementes contém 11.000 e 14.000 unidades.

Habitat

Floresta estacional semidecidual e floresta pluvial atlântica

Propagação

Sementes

Madeira

Coloração vermelha-rosada, uniforme ou com manchas escuras, de superfície sem lustre e lisa, pesada, dura e muito durável.

Utilidade

Madeira de primeira qualidade, amplamente utilizada na construção civil como vigas, caibros,assoalhos e escadas, em obras externas como postes e dormentes, na confecção de móveis pesados, carrocerias, vagões e em contruções navais. A casca é amarga e tida na medicina popular como tônica e febrífuga. Indicada para paisagismo e regeneração de áreas degradadas.

Florescimento

Outubro a novembro

Frutificação

Agosto a setembro

Ameaças

A super-exploração econômica levou a peroba-rosa ao estado de perigo. Para isso contribuiu a destruição dos ecossistemas de origem.

domingo, 12 de abril de 2009

IPÊ AMARELO (Tabebuia serratifolia)





































Ipê Amarelo (Tabebuia serratifolia)
Reino- Plantae
Familia- Bignoniaceae
Especie- Tabebuia serratifolia
Gênero – Tabebuia

Nomes populares


pau-d’arco-amarelo (PA), piúva-amarela, ipê-ovo-de-macuco (ES), tamurá-tuíra, ipê-pardo, ipê-do-cerrado, ipê-amarelo.

Características morfológicas

Altura de 8-20 m, com tronco de 60-80 cm de diâmetro. Folhas compostas 5-folioladas (eventualmente 4); folíolos glabros ou pubescentes, de 6-17 cm de comprimento por 3-7 cm de largura.

Ocorrência

Muito frequente na região Amazônica e esparso desde o Ceará até São Paulo na floresta pluvial atlântica; na região sul da Bahia e norte do Espírito Santo é um pouco mais freqüente que no resto da costa.
Madeira

Pesada (densidade 1,08 g/m3), duríssima, difícil de serrar, rica em cristais de lapachol, infinitamente durável sob quaisquer condições, com alburno distinto.

Utilidade
A madeira é própria para construções pesadas e estruturas externas, tanto civis como navais, como quilhas de navios, pontes, dormente, postes, para tacos e tábuas de assoalho, confecção de tacos de bilhas, bengalas, eixos de rodas, etc. A árvore é extremamente bela quando com flor, o que é facilmente notado na floresta amazônica durante sobrevôo. É excelente para o paisagismo em geral, o que já vem sendo largamente utilizado.


Informações ecológicas

Planta decídua, heliófita, característica da floresta pluvial densa. É também largamente dispersa nas formações secundárias, como capoeiras e capoeirões, porém tanto na mata como na capoeira, prefere solos bem drenados situados nas encostas. Sua dispersão é geralmente uniforme e sempre muito esparsa.

Fenologia

Floresce durante os meses de agosto-novembro, com a planta totalmente despida da folhagem. Os frutos amadurecem em outubro-dezembro.
Obtenção de sementes
Colher os frutos diretamente da árvore quando os primeiros iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deixá-los ao sol para completarem a abertura e liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 25.000 sementes.
Produção de mudas
As sementes devem ser postas para germinar logo que colhidas, em canteiros ou embalagens individuais contendo solo argiloso rico em matérias orgânicas. A emergência ocorre em 8-10 dias e, a germinação geralmente é abundante. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio no local definitivo em menos de 5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é apenas moderado, alcançando 3 m aos 2 anos.